Por Tiago Knoll Inforzato, Cultura e Arte, Umuarama Ilustrado
Ontem à noite aconteceu um evento interessante em Umuarama. Duas bandas da cidade se apresentaram no Kabuki Snooker Bar e tocaram músicas de autoria própria. Interessante porque em nossa região a criatividade e o empreendendorismo estão em baixa. Muito bom pois podemos sentir que algo está mudando por aqui.
As bandas Nevilton de Joke Box, ambas de Umuarama, são um exemplo local de um movimento artístico nacional, o movimento indepentende. Mas o que são eles? Simples, eles são uma fatia dos artistas nacionais que não estão vinculados a grandes empresas, como renomadas gravadoras, redes de televisão, grandes editoras e demais empresas de divulgação e promoção de arte. Eles se autogerenciam e financiam.
E não é só no mundo da música que podemos ver estes artistas independentes. Temos escritores, cineastas, dramaturgos, artistas plásticos e outros, de vários segmentos, que produzem e vendem sua arte por si só. Eles criaram um nicho de festivais, mostras, feiras e vários outros eventos que possam criar oportunidades de negócio e divulgação, e nesses eventos trocam experiências e aumentam a qualidade dos trabalhos que produzem.
Com a popularização dos programas de criação visual, de gravação de áudio e com a popularização da internet e outras mídias, o trabalho dos artistas pode se propagar a distâncias jamais imaginadas até mesmo pelos mais otimistas. A banda Nevilon de Umuarama, por exemplo, é ouvida por pessoas da Europa, da América do Norte e até mesmo do Japão, além de já ter tocado em cidades como Brasília, Curitiba e Goiânia, em eventos organizados pelas próprias bandas destas cidades. Um artista plástico de qualquer cidade, do interior de qualquer estado, pode vender sua obra para qualquer acervo de grandes metrópoles culturalmente mais robustas, ou até mesmo expor seus trabalho em sites da internet. Um escritor pode publicar livros eletrônicos ou de papel sem precisar esperar a boa vontade das grandes editoras. Mas o mais interessante é que todo esse material pode ser comercializado, gerando renda ao criador da obra. O grande desafio então é atingir o público, cada vez mais segmentado e com cada vez mais opção de escolha e acesso a novas tendências.
Enfim, o evento deste sábado 17, é apenas a ponta do iceberg. São as forças indepententes que estão atingindo este rincão distante que é Umuarama e certamente ainda veremos muita coisa boa acontecendo, é só exercitar sua independência e se informar para não perder o bonde.
fonte: http://www.ilustrado.com.br/noticias.php?edi=180508&id=00000027
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