Renovados, voltaram para o Brasil depois de seis meses, em março de 2007. Nevilton começou a publicar todas as composições que tinha desde 2002, quando ainda era estudante do segundo ano do ensino médio. E pareceu justo batizar a banda com o nome de seu vocalista, compositor, arranjandor e criador. “Na volta, resolvemos ter essa formação básica e portátil”, brinca Lobão. O trio migrou, então, da Superlego para a nova Nevilton. Agora só com músicas próprias.
E assim foram chamados para se apresentar em todo o Brasil – inclusive com gente de renome, como Pato Fu, Ratos de Porão, BNegão, Mundo Livre S.A., Tom Zé e Júpiter Maçã. “Depois que voltamos dos Estados Unidos, tivemos uma perspectiva muito profissional de eventos, o que nos animou a fazer as coisas mais profissionais possíveis dentro das limitações financeiras e estruturais”, diz Ton – como é chamado pelos amigos. “Não é porque a gente não tem um avião particular que vai deixar de ir. A gente demorou dias para chegar de carro ao Tocantins, mas deu certo”, completa. Essas viagens estavam dando dor de cabeça para o antigo baterista Fernando, que mantinha um comércio de alimentos congelados em Umuarama. E esse foi o timing perfeito para a entrada de Chapolla, que também estava saindo de uma banda. “Foi muito sincronizado”, comemora Lobão.
Lobão é formado em Direito e Nevilton, em Letras – Chapolla é formado em Bateria, como costumam brincar. Mas todos se dedicam integralmente à música. “A gente acredita que dá para viver assim. Música é só um dos produtos. Existem mil vertentes que podem virar fontes de renda”, explicam. A primeira canção que ganhou videoclipe foi “O Morno” (acima), que também mostra cenas do dia a dia da banda.
Eles pretendem fazer mais cinco videoclipes para o álbum “De Verdade”, que reúne 14 faixas e vai ser lançado em novembro pela Monstro Discos. “Quando penso em um trabalho de longa data, não quero que as pessoas conheçam só duas músicas e depois reclamem que a gente toca um monte nos shows que eles nem conhecem”, diz o vocalista. A ênfase agora é “Pressuposto”, canção tema do EP lançado em fevereiro. “O EP foi um termômetro de reação de público e crítica. A gente saiu em tudo quanto é mídia virtual, grandes jornais e revistas. Depois do lançamento do disco, queremos ficar um ano inteiro fazendo clipes e encontrando maneiras de divulgar todas as músicas”, lembra.
No show de seleção, o trio tocou “Tempos de Maracujá”, “O Morno”, “Pressuposto”, “A Máscara” e “Me Espere, Menino Lobo”. Tudo isso em 20 minutos – o que, normalmente, fazem em 40. “Foi um show bem concentrado, tipo aqueles sucos. Em vez de adicionar água, a gente já serviu direto”, compara Lobão. Se o fato de abrir para uma banda internacional vai ajudar na carreira deles? Bom, o site oficial, que recebia 60 visitas por dia, teve 350 acessos só quando o nome foi divulgado entre os cinco finalistas. “Não somos imediatistas. É uma divulgação boa, uma experiência de tocar num palco bom, com um ótimo som e em um evento grande”, diz Nevilton.
O tempo de repertório ainda não foi combinado, mas os três prometem fazer uma apresentação tão condensada, forte e intensa quanto no final do concurso. “Não estávamos preocupados em vencer, só queríamos nos divertir, envolver as pessoas e fazer com que elas tivessem uma noite boa”, completa.
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